Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

11 de novembro de 2017

32º Domingo do Tempo Comum – Ano A


(12 de novembro)

Introdução à liturgia:
A vivência cristã pressupõe uma sabedoria de vida que nos deve ajudar a estar preparados e vigilantes para que não nos deixemos envolver apenas e só pelas realidades temporais, como finalidade primeira de nós próprios. O cristão abre-se ao horizonte de Deus, para onde caminha, guiado pela luz da fé que deve alimentar com a oração e a celebração comunitária. É este o desafio que a liturgia de hoje nos deixa.

Introdução às leituras:
A 1ª leitura, tomada do Livro da Sabedoria, faz o elogio da vigilância como forma de ser e de estar na vida, uma vigilância que nos ajuda a não ficar parados no tempo, prisioneiros de um certo comodismo que mata em nós o desejo e o anseio da eternidade. Jesus sentiu isso na sociedade do seu tempo e, por isso mesmo, também adverte os seus contemporâneos para estarem vigilantes.
                       
Continuando a leitura da Carta aos Tessalonicenses, S. Paulo fala-nos da esperança que nos anima na nossa caminhada e diz-nos que também nós caminhamos ao encontro do Senhor.

No Evangelho, S. Mateus fala-nos da vigilância, servindo-se da parábola das dez virgens que aguardam a vinda do esposo, que é Cristo. Para aceder ao seu encontro, precisamos de estar munidos com as lâmpadas da fé bem acesas, pois é ela que nos guia e ajuda a encontrar o caminho que nos conduz ao banquete do Reino.
Padre João Lourenço, OFM
 Eremitério dos Carceres - Assis
S. Francisco (olhando as estrelas) e os companheiros admirando a natureza - Carceri


5 de novembro de 2017

Marcos-Evangelista do Ano


31º Domingo do Tempo Comum




(5 de novembro 2017)
Introdução à liturgia:
Depois de vários domingos em que a liturgia, através de uma sequência de parábolas, nos convidava a refletir sobre a autenticidade da nossa fé, hoje a Palavra de Deus vem-nos recordar, uma vez mais, que só Ele é o Senhor, o centro que dá sentido a toda a nossa vida e que a primazia dos nossos atos deve ter sempre presente que não o podemos substituir por ninguém mais, tanto nas obras como nas palavras.

Introdução às leituras:
Tomada do livro do profeta Malaquias, a 1ª leitura ser de fundo às palavras de Jesus que vamos escutar no evangelho. Aqui nos são deixadas algumas interrogações às quais Jesus responde, colocando a Deus no centro da nossa fé e da nossa vida.
                       
Na 1ª Carta aos Tessalonicenses, continuando a reflexão que já escutávamos em domingos anteriores, Paulo fala-nos do cuidado que ele tem para com a Comunidade. Não o faz para exigir nada para ele mesmo; fá-lo sim para mostrar aos crentes que tudo deve ser feito para glória de Deus, pois é esse o objetivo primeiro do anúncio do Evangelho.

No Evangelho, S. Mateus oferece-nos um conjunto de ‘instruções’ dadas por Jesus aos seus discípulos acerca da autenticidade da sua vivência. Ele quer que eles sejam diferentes dos fariseus e dos demais crentes do Antigo Testamento. Jesus apela e propõe um espírito novo de comunhão e de fraternidade que deve pautar a vida dos seus seguidores.
Padre João Lourenço, OFM 

2 de novembro de 2017

1 de novembro - Solenidade de Todos os Santos


Introdução à Liturgia:
A Igreja celebra neste dia a festa de Todos os Santos, convidando-nos a associarmo-nos a todos aqueles que seguiram o caminho de Jesus e por Ele chegaram à plena comunhão com o Pai. Celebrar esta solenidade não é uma forma, como muitas vezes se ouve, de fazer memória dos ‘santos anónimos ou daqueles que consideramos menores no caminho da santidade’. No entanto, a solenidade de hoje não tem esse sentido nem isso faria sentido: Celebramos hoje a nossa vocação à santidade e de todos aqueles que a viveram em plenitude.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, num texto muito belo do Apocalipse, diz-nos que todos são chamados, sem conta nem números e que a simbólica do texto é apenas e tão só uma forma de realçar essa infinitude, alargada a todos os povos e culturas, não conhecendo limites, pois a todos é dada a gratuidade da salvação pelo banho regenerador do baptismo.

A segunda leitura fala-nos do amor de Deus testemunhado e oferecido em Jesus Cristo; é nesse amor e por esse amor que nos tornamos filhos de Deus e essa é a santidade plena e total. É dela que nos devemos tornar sinais no mundo que hoje cada vez mais desconhece a santidade.


O Evangelho apresenta-nos o que de mais bonito Deus nos oferece: as Bem-aventuranças. Esse é o caminho, o método e a estratégia da santidade cristã. Não precisamos de inventar nada, mas apenas de viver em plenitude essa proposta de ‘Nova-Lei’ que Jesus nos propôs.
Padre João Lourenço, OFM 

29 de outubro de 2017

30º Domingo do Tempo Comum


Introdução à liturgia:
Na continuação do Sínodo Diocesano de Lisboa, realizado no ano passado, o Senhor Patriarca elegeu, para o ano pastoral de 2017-2018, o tema da PALAVRA, convidando a Diocese a recentrar a sua vida na Palavra de Deus. O tema proposto é o seguinte: A PALAVRA DE DEUS, O LUGAR ONDE NASCE A FÉ. Hoje aqui, tal como em toda a Diocese, celebramos o domingo da Palavra e vamos fazer também nossa, esta proposta do nosso Bispo. Na procissão de entrada, trazemos um cartaz que dará sentido às nossas celebrações este ano. Acolhemos o apelo e levamo-lo para a nossa vida.

Introdução às leituras:
A primeira leitura fala-nos do código da Aliança, o centro da vida do povo de Israel e faz parte integrante daquilo que é o projeto de Deus para o Seu povo. Aí se fala de situações concretas que exigem o envolvimento pessoal e não apenas um sentimento vazio que manda para os outros, mormente para os anónimos, as exigências que decorrem da nossa identidade cristã.
                       
A segunda leitura, por sua vez, apresenta-nos o exemplo da comunidade cristã de Tessalónica que, apesar da hostilidade e da perseguição, aprendeu a percorrer, com Cristo e com Paulo, o caminho do amor e do dom da vida. Foi assim que, dessa experiência comum, nasceu uma verdadeira família de irmãos, tendo o Evangelho como fundamento de vida.

O Evangelho diz-nos, de forma clara e sem rodeios, que a autenticidade da minha fé está no meu agir e não no meu discurso, na minha ação e não na minha retórica discursiva, assumindo de forma pessoal o que nos compete fazer nós mesmos. Esta é a forma de dar sentido à nossa fé.
Padre João Lourenço, OFM

24 de outubro de 2017

Itinenarium: Revista Quadrimestral de Cultura


20 de outubro de 2017

29º Domingo do Tempo Comum




Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo tem no centro da Palavra o grande desafio ou dilema com que Jesus se vê confrontado ao seu tempo e com o qual também muitas gerações de crentes se sentem confrontadas ao longo da história: “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. As ambiguidades que persistem e nos envolvem dificultam, muitas vezes, a prontidão e a clareza das respostas que damos a este desafio que é feito a cada um de nós.

Introdução às Leituras:
Na 1ª leitura, Isaías apresenta como elementos fundamentais da sua mensagem o universalismo da salvação, da eleição e da escolha de Deus que se estende a todos os povos. À semelhança de outros profetas, mostra que Deus se serve de outros povos e de seus governantes para advertir Israel do seu mau procedimento, mormente da sua infidelidade.

         A 2ª leitura da nossa Eucaristia é a introdução e saudação de Paulo, e de seus colegas de missão, à comunidade de Tessalónica. São palavras simples, mas que traduzem a relação profunda, vivida e sentida, que existia entre a Comunidade e aqueles que por ela tinham passado a difundir a mensagem do Evangelho.


O Evangelho trás até nós o eco de uma das questões mais complexas do tempo de Jesus. As reacções da sociedade judaica face à presença e aos efeitos da dominação romana eram transversais a todo o tecido social, embora nem todos se manifestassem da mesma forma. A resposta dada por Jesus não é uma fuga à questão, mas sim a abertura a uma outra realidade que é aquela de que ele se faz portador: ‘Dar a Deus’ o que é de Deus.
Padre João Lourenço, OFM

16 de outubro de 2017

Conferência - 20 de outubro


13 de outubro de 2017

Domingo 28º do Tempo Comum


Introdução à Liturgia:
O tema do banquete e do encontro que simboliza a comunhão entre Deus e o homem, muito presente nos textos dos profetas, é um desafio que a Palavra de Deus nos faz em ordem a superar as marcas da exclusão humana e nos introduz numa relação de amor e de comunhão com Deus. É a este banquete, de que a eucaristia é o momento central, que nós também somos chamados. 

Introdução às Leituras:
Na 1ª leitura, Isaías oferece-nos dois temas muito caros à Teologia deste profeta e que marcam o judaísmo e a fé bíblica do seu tempo: o tema do Banquete como forma de traduzir a relação de amor e de comunhão de Deus com o Seu povo; e o universalismo que abre a fé bíblica a todos os povos.

A 2ª leitura constitui um dos mais belos e impressionantes testemunhos de Paulo. A comunidade dos Filipenses foi uma das mais agradecidas a Paulo, o seu fundador. Paulo retribui essa generosidade reconhecido, deixando-nos um testemunho de grande despreendimento e de dedicação total à causa do Evangelho.

No Evangelho, estamos em presença da 3ª parábola consecutiva que Jesus dirige aos membros do Sinédrio, o órgão judaico de governo para as questões da lei e da sua interpretação. Jesus quer mostrar que é necessário ter um coração novo e aberto para acolher o Reino. O Judaísmo tinha perdido essa dimensão de comunhão, de banquete e de partilha, para se tornar num sistema jurídico e legalista e, por isso, recusava acolher a mensagem de Jesus.
Padre João Lourenço, OFM

6 de outubro de 2017

27º Domingo do Tempo Comum

O que aprendestes, recebestes, ouvistes e vistes em mim é o que deveis praticar. E o Deus da paz estará convosco (II Filip 4, 6-9 ).

Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo recorre à imagem da “vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e que se coloca ao serviço do Reino. Desse Povo, Deus exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia. Para o conseguir, temos de cultivar a vinha que cada um de nós é, pois só assim daremos os frutos que Ele espera de nós.

Introdução às Leituras:
Isaías, na primeira leitura, mostra-nos através da sua sensibilidade poética o cuidado com que Deus nos trata, o amor e a solicitude que Ele dispensa a cada uma das cepas da sua vinha. Por isso, o profeta convida o povo de Deus a corresponder de forma generosa e gratuita a esse amor e a essa solicitude. Os frutos que Ele espera de nós são a justiça, o direito, o respeito pelas propostas e a fidelidade à Aliança.

Na segunda leitura, Paulo exorta os cristãos da cidade grega de Filipos – e todos os que fazem parte da “vinha de Deus” – a viverem na alegria e na serenidade, respeitando o que é verdadeiro, nobre, justo e digno. Partindo da sua própria experiência de fé, Paulo, testemunha assim o que é ser ‘vinha do Senhor’.


Na parábola do Evangelho, dirigindo-se aos chefes e autoridades judaicas do tempo, Jesus retoma a imagem da “vinha”. Os reparos de Jesus têm como fundamento o facto dessas autoridades se terem apropriado da ‘vinha de Deus’ para se servirem dela e não para cuidar dela e ajudar essa vinha, esse povo a produzir frutos e a retribuir na comunhão os dons que com Deus tinha cuidado e beneficiado o Seu povo. 
Padre João Lourenço, OFM

 
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