Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

25 de maio de 2018

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE


Tomasso Masaccio. Santíssima Trindade, 1428. Santa Maria Novella, Florença


Introdução à Liturgia:

Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer participar desse mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços familiares com o homem, dá-se a conhecer a Moisés como ‘sendo um Deus clemente e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia’. É este Deus que Jesus nos deu a conhecer e testemunhou na sua caminhada.

Na segunda leitura, Paulo diz-nos que todos somos conduzidos pelo Espírito e é por Ele que nos tornamos filhos de Deus. É isso que nos leva a proclamar ‘Abbá’ (Pai) e assim, como filhos, somos Irmãos na grande família da Trindade divina.

No Evangelho, S. Mateus, fala-nos do mandato divino entregue aos Apóstolos e pelo qual entramos na comunhão com Deus. A fórmula do nosso baptismo é o testemunho da fé eclesial na Trindade que nos congrega como filhos da grande família de Deus.
Padre João Lourenço, OFM

22 de maio de 2018

Domingo do Pentecostes

The descent of the Holy Spirit upon the Virgin and the Apostles (Pentecost Capital) 13th century Portugal, Portuguese, Coimbra, Museu Nacional Machado de Castro) 

Introdução à Liturgia

Cinquenta dias depois da Páscoa, celebramos a Festa do Pentecostes, a comunhão plena do Espírito Santo dado aos discípulos e presente no mundo, através da Igreja. Com o envio do Espírito, damos início ao tempo da Igreja que se faz presente na história para dar continuidade à obra de Jesus e levá-la à plenitude. Nesta festa, a Igreja renova a sua vocação de evangelizar todos os povos e culturas.
  
Introdução às Leituras

Na primeira leitura, Lucas mostra-nos que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É Ele que cria a nova comunidade do Povo de Deus, levando os homens a ultrapassar as suas diferenças e a encontrar vínculos de comunhão e de amor. É o Espírito que a todos une no mesmo amor. 

Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser sempre postos ao serviço de todos.

O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências.
Padre João Lourenço, OFM

13 de maio de 2018

Do Conselho Nacional



Domingo da Ascensão




Introdução à Liturgia

A Festa da Ascensão de Jesus, que hoje celebramos, aponta-nos para o final do caminho percorrido no amor e na doação, na entrega total à vontade do Pai. ‘Partirei, mas não vos deixo órfãos’, é esta a grande promessa que o Senhor faz aos seus. Somos chamados, como seus seguidores, a dar continuidade ao Seu projeto, tornando a sua presença no mundo como um fermento de comunhão e de esperança.
  
Introdução às Leituras

A primeira leitura faz-se eco daquela que é a grande mensagem deste dia. Como discípulos e continuadores da obra do Mestre, não podemos ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante. Pelo contrário, o nosso lugar é no meio dos homens, dando continuidade ao projeto de Jesus.

A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados: a vida plena de comunhão com Deus. Devem caminhar ao encontro dessa ‘esperança’, de mãos dadas com os irmãos, membros do mesmo ‘corpo’ – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse ‘corpo’ que é a Igreja.

O Evangelho apresenta o encontro final do Ressuscitado com os seus discípulos. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-O como o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no mundo o testemunho do “Reino”.
Padre João Lourenço, OFM



11 de maio de 2018

Crónicas - Peregrinação a Guadalupe

Crónicas da Vida da Fraternidade

            Passeio Pascal da Fraternidade
      Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, com passagem por   Mérida
    Alojamento na Real Hospederia del Real Monasterio de Guadalupe
    Dias 21 e 22 abril 2018

 Cumprindo o nosso calendário – O Plano de Vida e Ação - e ainda com os corações a cantar a alegria da ressurreição do Senhor Jesus, a Fraternidade realizou o seu habitual passeio pascal.
 Desta vez não foi o senhor Motorista da CarrisTur, já nosso conhecido, que nos levou. O serviço de transporte foi assegurado pela empresa Barraqueiro e tudo correu bem.
 O autocarro estava cheio. Irmãos da Fraternidade, alguns familiares e amigos. Rostos já conhecidos. A boa disposição era notória.
 Como é habitual, o nosso Ministro, irmão Luís Topa, deu algumas informações. Muito concreto, preparou tudo ao pormenor e transmitiu um vivo entusiasmo ao falar do programa que iríamos viver em conjunto durante dois dias.
 O autocarro já atravessava a Ponte Vasco da Gama. Rezámos as Laudes com a orientação do Assistente Espiritual da Fraternidade, Frei João Lourenço, OFM, que nos acompanhou.
 Depois de uma breve paragem na área de serviço de Estremoz, seguimos para Mérida.
  
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 MÉRIDA, fundada pelo imperador Augusto, no ano 25 a.C., foi declarada, em 1993, pela Unesco, Património da Humanidade. Visitámos o Teatro e Anfiteatro Romanos. Tivemos como guia uma senhora que, apesar de falar um português “pouco português”, fez-se entender e deu uma lição de história muito cativante. Levou os olhos da nossa imaginação a ver aquelas ruínas cheias de vida, como nos tempos em que os Romanos ali se divertiam, lutando ou aplaudindo, ostentando as suas túnicas coloridas e os seus ricos e brilhantes adornos, sob o sol “caliente” de Emerita Augusta.

E foi nesta cidade que tomámos a primeira refeição juntos. “Tabula Calda”, é o nome desta Casa de Comida. Momento de descontração e de convívio.
De seguida partimos para as montanhas deixando para trás as longas planícies que tínhamos percorrido.

GUADALUPE era o destino. A paisagem ia mudando. Entre explicação dos acontecimentos do passado que deram vida a esta terra, onde o Mosteiro que iriamos visitar se destaca, entoaram-se canções e, por fim, recitou-se o terço do rosário.
E eis-nos junto do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Perante a imponência que tínhamos ali à nossa frente que facilmente nos deixava adivinhar séculos de história, por momentos, apetecia fazer silêncio, esquecendo mesmo as bagagens que já se tinham retirado do autocarro.


 Mas lá nos fomos acomodar na “Hospederia del Real Monasterio de Guadalupe”. Tivemos ainda um tempinho livre para percorrer algumas ruas e fazer umas compritas antes do jantar. É sempre agradável, no regresso, trazer nas malas alguns “recuerdos”, ou seja, uns miminhos para familiares e amigos. Seguiu-se, então, a “cena” também dentro da Real Hospederia. Momento muito bom. Comida agradável. Boa confraternização.
E depois duma noite bem dormida, em aposentos acolhedores, ouvindo o irmão vento e a senhora trovoada, lá fora, mostrando as suas forças, começámos o novo dia. O frio das montanhas fazia-se sentir mas os sorrisos atenuavam esse incómodo.

Visitamos o Museu do Real Monasterio e beijámos o manto da Senhora de Guadalupe, como é tradição fazer-se neste Santuário. De seguida assistimos à Missa do Peregrino. Presidida por um Sacerdote Franciscano ali residente, acompanhado pelo nosso Assistente Espiritual, Frei João Lourenço, OFM. Foi um momento de encontro muito belo com Jesus, ali aos pés da imagem da Sua Mãe.

 A seguir ao almoço começou-se a pensar no regresso a Lisboa. Mas antes de colocar as malas no autocarro, ainda houve quem desse mais uma olhadela pelas lojas ali bem perto. É um fascínio. Faz parte destas viagens. Pequenas partículas de felicidade. E andar no meio do casario medieval, por entre fontes e arcadas, faz sonhar e nunca cansa.

 O regresso a Portugal fez-se tranquilamente, admirando a paisagem, conversando ou fazendo uma pequena sesta.
 O Irmão Luís Topa, como Ministro da Fraternidade, agradeceu a presença de todos os que participaram neste passeio/peregrinação. E teve mesmo o cuidado de deixar uma palavra amável a cada um dos irmãos e aos amigos que se juntaram à Fraternidade. Foi notável o seu trabalho. Não se poupou a esforços. Tratou de tudo até ao pormenor, proporcionando-nos a tranquilidade de quem não precisa de pensar, podendo apenas entregar-se ao doce deslizar do autocarro e saborear dois dias maravilhosos. O Assistente Espiritual da Fraternidade, Frei João Lourenço, que deixou os seus muitos afazeres para nos acompanhar, também contribuiu com o seu trabalho e boa disposição, para o bom êxito deste passeio. Que S. Francisco lhes retribua, com a sua proteção e carinho de Pai, o conforto e a alegria que, com algum esforço, nos proporcionaram.
 Estes passeios em Fraternidade não têm como finalidade principal visitar novos destinos. São oportunidades para se conhecer melhor o Irmão, em ambiente descontraído e valoriza-lo como pessoa. Só o conhecimento pode gerar amor. Só o amor nos pode levar a viver a Regra que Francisco nos legou. Só o assumir verdadeiramente a nossa profissão solene, nos faz membros da Ordem Franciscana Secular. Um Irmão não pode ser um desconhecido. Não foi por acaso que o encontrámos. Temos que o aceitar como uma graça do Senhor. Ajuda-lo sempre que necessite e deixar que ele também nos ajude.

PAZ e BEM!

Glória ao Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor…
maria clara, ofs
22ABRIL2018

4 de maio de 2018

6º DOMINGO DA PÁSCOA



Introdução à Liturgia:
A experiência pascal dos discípulos leva-os a descobrir o autêntico rosto do Mestre, pelo qual chegam à perfeita contemplação do Pai. A liturgia deste domingo mostra-nos essa nova dimensão da fé: Ele não é apenas o Senhor; Ele é, acima de tudo, o Amigo que os leva à plenitude da comunhão com Deus, feita amizade e vida nova.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura mostra-nos como a salvação oferecida por Deus através de Jesus Cristo, e agora anunciada e testemunhada pelos discípulos, é para todos os homens, sem distinção de raça, cultura ou tradições religiosas. Ela é universal e esse é o primeiro e o maior dom que em Cristo Deus oferece a todos os homens. A cada homem compete apenas acolhê-la e dispor-se a aceitá-la.

A segunda leitura confirma aquilo que Jesus vai dizer aos discípulos no Evangelho: “Deus é amor”. A vinda de Jesus ao encontro dos homens e a sua morte na cruz revelam a grandeza desse amor de Deus pelos homens. Ser “filho de Deus” e “conhecer a Deus” é deixar-se envolver por este dinamismo de amor, amando os irmãos.

Num dos textos mais belos e expressivos do seu Evangelho, S. João mostra-nos como Jesus estabelece uma nova relação com os discípulos e, na pessoa deles, com todos aqueles que acreditam no seu Nome. Os discípulos já não são servos, mas sim os “amigos” a quem Jesus revelou o amor do Pai; a sua missão é testemunhar o amor de Deus no meio dos homens.
Padre João Lourenço, OFM

 
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